sexta-feira, 12 de abril de 2019

Em defesa da democratização da educacão musical


EM: 11/04/2019
Por: Alda Oliveira

Em defesa da democratização da educação musical


É através da Educação que a sociedade oferece oportunidades de desenvolvimento às pessoas de forma democrática, a todos os indivíduos, sem distinção de raça, cor, religião e condição socioeconômica.  A escola é a organização social formal que a sociedade tem para congregar os saberes e o legado da humanidade para crianças, jovens e adultos.  Todas as nações do mundo possuem suas músicas e suas artes.  As músicas do mundo são diversificadas e apresentam estilos, gêneros, formas e expressam os sentimentos das pessoas de cada grupo social e nação.  Assim, todas merecem respeito e merecem ser transmitidas às novas gerações.
A comunidade e o entorno sociocultural, assim como a grande indústria da mídia comercial têm sido cada vez mais, responsáveis pela divulgação e familiarização da produção musical tradicional e popular.  A produção musical erudita também tem se beneficiado dessas possibilidades midiáticas para sua divulgação e conhecimento, porém é sem dúvida a música popular que tem tido a maior ênfase em termos de divulgação pelo seu apelo comercial e recreativo.
Como a mídia atualmente tem efeitos muito fortes sobre crianças e jovens de todas as camadas sociais, o legado musical da música erudita tem sido  colocado em segundo plano, pois a apreciação dessas obras requer mais conhecimento e tempo dedicado a elas.  Portanto, se a sociedade quer educar crianças e jovens de forma democrática e cidadã, independentemente do nível socioeconômico, se quer dar a eles o direito de usufruir o legado da música erudita, a sociedade e o sistema educacional precisa inserir esse legado nas escolas e instituições de ensino de todos os níveis como um importante conteúdo a ser ensinado, trabalhado e divulgado, como um saber que tem o seu próprio valor educativo e cultural.  Se queremos justiça democrática na educação brasileira  é justo que a juventude tenha seu direito garantido de conhecer, apreciar e praticar o legado musical erudito produzido pela humanidade.

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